Hoje, 8 de janeiro, celebramos mais do que uma simples data no calendário. Este dia é um marco para a democracia brasileira, um momento de reafirmação dos valores que sustentam nossa convivência como sociedade livre e plural.
Como reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, vivi hoje a honra de representar nossa instituição em Brasília, onde a democracia foi celebrada como a conquista de um povo que, mesmo diante de desafios, jamais cedeu à desesperança.
Mas essa comemoração não pode se limitar a gestos simbólicos ou a discursos inspiradores. Ela nos convoca à ação. O 8 de janeiro traz consigo a memória de ataques às nossas instituições e ao pacto social que sustenta a República. É um lembrete de que a democracia não é um estado de conforto; é um exercício diário de resistência, diálogo e compromisso.
Em um país profundamente marcado pelas desigualdades sociais e pelo racismo estrutural, a preservação da democracia é a base para qualquer avanço rumo à equidade. Ela é a ponte que nos permite construir políticas públicas capazes de combater as injustiças históricas e promover a inclusão de todos os grupos marginalizados.
Para que esse futuro se torne realidade, precisamos de um pacto intergeracional que reconheça a democracia como o maior patrimônio do povo brasileiro. E esse pacto deve ser liderado por nossas instituições educacionais, como a Universidade Zumbi dos Palmares, que há 20 anos trabalha para formar cidadãos conscientes e preparados para transformar a sociedade.
Que este 8 de janeiro seja um convite à reflexão e ao compromisso. Que possamos, juntos, construir um Brasil onde a democracia seja um reflexo de nossa luta constante por justiça e igualdade.
Por José Vicente
Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares