Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um grupo de quilombolas brasileiros participantes do evento registrou um boletim de ocorrência alegando terem sido alvo de racismo.
O incidente ocorreu após a via-sacra no Parque Eduardo VII, na qual o papa Francisco abordou questões cruciais enfrentadas pelos jovens, incluindo intolerância, desemprego e pobreza.
A denúncia foi feita em nome de Marcos Vinícius Vieira Reis, morador de um quilombo em Ilhéus, Bahia, e os agressores foram acusados de imitar macacos. A queixa foi formalizada na 21ª esquadra (delegacia de polícia) com o apoio de um advogado da Educrafro, instituição que apoia afrodescendentes.
Este incidente ocorreu após relatos anteriores de preconceito contra outro grupo de jovens brasileiros, incluindo mulheres trans e negros da periferia.
Revista Brasil conversou com Ádani Robson, representante das comunidades quilombolas e mulher trans afro-indígena; Gilmar Santos, médico formado pela Educafro e ativista quilombola; Frei David, Diretor-Executivo da Educafro Brasil; e Márlon Reis, advogado da Educafro. Eles discutiram coletivamente os episódios de racismo que enfrentaram em Portugal.