Por Fernando Lavieri
Carolina Maria de Jesus, nascida em Sacramento, Minas Gerais, em 1914, e falecida aos 63 anos de idade, foi uma escritora brasileira cujo legado ressoa como testemunho de resiliência e determinação, tornando-a um ícone inspirador no Dia Internacional das Mulheres. Proveniente de uma realidade marcada pela pobreza e desigualdade, Carolina se destacou ao transpor as barreiras sociais por meio de sua expressão literária.
Moradora da favela do Canindé, em São Paulo, Carolina ficou conhecida por intermédio de Audálio Dantas (1929-2018), jornalista e escritor, que na época fazia uma reportagem sobre o dia a dia de pessoas que moravam na favela. Nesse momento o mundo descobriu o diário Quarto de Despejo de Carolina, escrito entre 1955 e 1960. O livro revela sua habilidade literária única ao narrar a dura rotina de uma mãe solteira, catadora de papel, em um ambiente hostil. Sua escrita visceral e autêntica captura a essência da vida nas periferias, abordando questões sociais, raciais e de gênero.
No Dia Internacional das Mulheres, Carolina Maria de Jesus é celebrada como uma voz que transcendeu as limitações impostas pelo contexto social em que viveu. Seu legado inspira a reflexão sobre a resiliência feminina e a necessidade de se lutar com todas as ferramentas que lhe forem possíveis para sobreviver. Que nesse data, as novas gerações realcem a importância do nome Carolina Maria de Jesus.
Mulheres que Inspiram na Zumbi dos Palmares
Carolina de Jesus porque se LUTA fosse uma pessoa com certeza seria uma mulher preta periférica.
Em 2014, Carolina Maria de Jesus foi escolhida como patrona e grande homenageada da segunda edição da FlinkSampa, Festa de Literatura, Conhecimento e Cultura Negra, realizada pela Universidade Zumbi dos Palmares.
Neste mesmo ano, Vera Eunice, professora e filha de Carolina Maria de Jesus recebeu a estatueta do Troféu Raça Negra em homenagem póstumas a sua mãe.
Em 2018, o livro “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, foi uma das novidades dos vestibulares de grandes universidades e entrou para a lista de leituras obrigatórias, em uma tentativa de inseri-lo entre os clássicos de nossa literatura traduzido para 15 idiomas.
A obra, que foi resgatada após mais de 40 anos da morte da escritora erelançado pela Editora Unipalmares,
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