Estudo feito pela Sociedade Americana de Radiologia, aponta que pessoas pretas podem demorar de 5 a 6 anos para receber o diagnóstico Alzheimer. Os pesquisadores do estudo apontam que os pacientes negros com a doença receberam o diagnótico mais tarde comparado a pacientes brancos.
Os números apontam que o diagnóstico foi recebido com 72,5 anos, contra 67,8 entre os brancos e 66,5 para os hispânicos e latinos.
O estudo detectou que além do atraso na identificação da doença, há demora no encaminhamento para um tratatamento eficaz no retardo do avanço do declinio cognitivo, apenas metade dos pacientes negros recebem indicação para realizar exames fundamentais na detecção do Alzheimer.
Wibecan um dos pesquisadores envolvidos no estudo disse: “Primeiro, pacientes negros que receberam a indicação para fazer a ressonância magnética da cabeça (MRI) eram bem mais velhos do que os seus similares brancos ou hispânicos. Segundo ele, os pacientes negros recebiam bem menos a indicação de exame de imagem do tipo MRI, o mais indicado para a detecção correta de Alzheimer, em relação ao CT-Scan [outro tipo de exame menos indicado]” .
O pesquisador ainda citou que a desigualdade pode ser uma das causas para obter exames de imagem que detectam a doença e atrasam o diagnóstico, ele afirma que é importante verificar e encontrar a melhor solução possível para ajudar esses pacientes.
O estudo foi realizado em Boston e avaliou 1.699 pessoas entre março de 2018 e fevereiro de 2022.
A Associação Brasileira de Alzheimer, fez um levantamento em Setembro que diz que há 1,7 milhão de pessoas vivendo com Alzheimer no país.