Por Fernando Lavieri
Com o título “Que País você quer para os próximos quatro anos”, o governo Lula realizou o evento de encerramento do Plano Plurianual (PPA), no auditório Simón Bolívar, que fica dentro do complexo do Memorial da América Latina, em São Paulo.
O PPA é o principal instrumento de participação popular no orçamento do governo federal. Por meio desse dispositivo, a administração Lula deve definir com mais assertividade as políticas públicas a serem implementadas. O PPA ficará disponível para o acesso até o domingo 16.
Estiveram presentes no local Geraldo Alckmin, vice-presidente, os ministros Márcio França dos Portos e Aeroportos, o seu xará Marcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Marinho, da pasta do Trabalho, as ministras Simone Tebet, Marina Silva e Sônia Guajajara, dos Ministérios do Planejamento e Orçamento, Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, respectivamente. Para além da participação de autoridades e integrantes de governo, marcaram presença inúmeros movimentos sociais que deram animação ao encontro com muitos aplausos, palavras de ordem e cânticos, como se fosse em período de campanha eleitoral. O principal deles, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
As mais diversas instituições estiveram presentes no Memorial da América Latina e a Universidade Zumbi dos Palmares, a primeira e única entidade de ensino Superior voltada para as questões raciais, esteve entre elas. Em entrevista exclusiva ao site Afrobras News, a ministra Simone Tebet afirmou que a participação da população negra no PPA é essencial para o governo Lula. “A face mais pobre do Brasil é o rosto da mulher negra”, afirmou ela. Simone é a coordenadora do PPA e fez questão de dizer que a as políticas públicas implementadas e aquelas que ainda serão, tem foco na população negra. “A comunidade negra, especialmente, as mulheres, estão sempre em nossa mente e é a partir dessa ideia que fazemos o diagnóstico para desenvolver as políticas públicas”, concluiu Simone. O ministro do Trabalho também falou aos microfones da Afrobras News. “A participação do povo negro é fundamental para que suas demandas se tornem realidade”, pontuou Luiz Marinho. Ele fez questão de demonstrar suas preocupações em relação a comunidade negra e contou uma novidade: o Ministério do Trabalho vai abrir concurso público para auditor e a vontade do ministro é a de direcionar 45% das vagas a candidatos negros. O portal Afrobras News continuará realizando reportagens de interesse do corpo social negro, acompanhe.