Uma das figuras mais conhecidas da cena cultural brasileira, Mano Brown, acaba de receber o prêmio Ícone do Ano da revista GQ, publicação direcionada ao público masculino.
Chamou atenção, no entanto, o brilhantismo como o astro do rap recebeu a homenagem. Ele fez questão de pontuar uma das maiores debilidades da sociedade. “O nosso prêmio é colocar os pretos para estudar”, disse ele.
O rapper também se sentiu na obrigação de mencionar outros artistas que, como ele, fizeram a diferença no universo Hip-Hop. “Essa é a luta do Racionais, MV Bill, Dexter, Emicida e Djonga. Roupas da Louis Vuitton, Gucci são disfarce e teatro. É anestesia. Isso é para entreter, não é finalidade. O que vai libertar (o nosso povo) é conhecimento”, finalizou Brown.
O ano de 2023 é especial para Pedro Paulo Soares Pereira, nome de batismo de Mano Brown, há um mês, ele recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
Vale lembrar que o Troféu Raça Negra, premiação realizada pela Universidade Zumbi dos Palmares, já reconheceu Mano Brown em 2018. Prova de que a a Zumbi dos Palmares há tempos vem reconhecendo as personalidades negras.
No momento em que o movimento Hip-Hop completa cinquenta anos de idade, ter a obra de um de seus mais relevante personagens reconhecida em ambiente acadêmico e jornalístico representa ganho cultural ao conjunto da população.