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Obra da paraense Dona Onete é reconhecida como patrimônio cultural

Projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Pará

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou o Projeto de Lei nº 54/2023, que torna patrimônio cultural e imaterial do estado a obra da musicista Ionete da Silveira Gama, que assume o nome artístico de Dona Onete e o título de Rainha do Carimbó Chamegado. A iniciativa foi anunciada quarta-feira (6).

O projeto é uma iniciativa do deputado estadual Elias Santiago (PT). Ao justificar a apresentação da proposta, o parlamentar ressaltou que a importância da artista consiste em romper uma tradição de se conferir reconhecimento apenas a homens no gênero musical. Para Santiago, outra contribuição de Dona Onete foi abordar a sedução e a vida sexual dos idosos em suas músicas, algo ainda considerado tabu por muitas pessoas.

Em vídeo veiculado no Instagram, em sua conta oficial, Dona Onete comemorou a homenagem, agradeceu aos fãs e disse que, em breve, deverá lançar novo álbum. “Estou aqui transbordando de felicidade. Que coisa boa aconteceu com a gente. Afinal, não aconteceu só comigo, aconteceu com vocês que estão aí do outro lado, que vão comigo, que vão assistir aos meus shows, que me aplaudem, que gostam do meu jeito”, afirmou. “E não vou ficar só nisso, vou cantar brega.”

Dona Onete é cantora, compositora e poeta e nasceu em Cachoeira do Arari. Sua obra soma mais de 300 composições, entre carimbós, boleros e parcerias que resultaram em canções gravadas por outras artistas paraenses da contemporaneidade, corno Gaby Amarantos e Aíla. Com referências indígenas, negras e caribenhas marcando a obra, a rainha do carimbó também tem feito sucesso no exterior, sendo capa, em julho de 2017, da maior revista de world music do mundo, a Songlines.

Professora de história por 25 anos e sindicalista em Igarapé-Miri, Ionete da Silva Gama, a Dona Onete, realizou o sonho de seguir carreira artística após sua aposentadoria.

Ela fundou o grupo folclórico Canarana, em 1989, e foi até secretária de Cultura de Igarapé-Miri, na década de 1990.
Em 2012, lançou seu primeiro CD, aos 73 anos. O carimbó levou Dona Onete para o mundo. Ela se apresentou na Europa, América e Ásia, além de percorrer todo o Brasil.

A artista, hoje com 84 anos, ressaltou que agora o plano é cantar ainda mais.

Sua história está contatada também contada em uma biografia, “Menina Onete – Travessias & Travessuras”.

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