Estamos a poucos dias do Natal uma data comemorativa que mexe com adultos e crianças, uma época para celebrar a união e estar com a família. Nesta data não há regras e cada pessoa segue tradições carregadas por gerações, no entanto, uma figura icônica do Natal é o Papai Noel, que transmite a crença do bom velhinho que escuta os pedidos feitos e os realiza na noite de Natal.
Quase como ritual todos os anos shoppings do país e do mundo trazem a figura do Papai Noel para alegrar crianças. A importância da representatividade não reflete apenas a diversidade social, mas também desempenha um papel importante na construção de uma narrativa mais inclusiva.
Barbara Oliveira, aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Zumbi dos Palmares, é mãe de Benjamin de 6 anos de idade e eles contam como se sentem em relação a figura do Papai Noel negro . “Eu gosto muito dele porque ele é pretinho como eu”, diz Benjamin. “Essa representatividade não vem só para o meu filho ou crianças da idade dele é um conforto para minha criança interior, para as pessoas que não tiveram esta imagem em sua infância, como eu”, afirma Barbara.
Rodrigo França, diretor de cinema e teatro, ator e roteirista, em entrevista ao jornal Dia, disse que : “poder presentear com a representatividade que não tive me estima a ser um Papai Noel negro. Precisamos, cada vez mais, trazer exemplificações positivas, mesmo lúdicas. Isto cria uma imagética poderosa de autoestima para cada criança negra, pois somos beleza, inteligência e potência” refletiu França que participou de uma ação em três comunidades do Rio de Janeiro em que crianças receberam a visita do bom velhinho e foi feita a distribuição de livros.
“O Papai Noel negro proporciona a representatividade durante a temporada natalina e molda a percepção que as crianças tem de si mesmas as tornando cada vez mais pertencentes”, acredita Barbara.