Todo final de ano os telespectadores de todo o país se debruçam frente à tevê para se deleitar com a principal premiação televisiva aos grandes nomes do showbiz nacional, oferecido pela Rede Globo. O Melhores do Ano homenageia figuras da dramaturgia, música, do jornalismo e humor. Gente que se destacou durante 365 dias e caiu no gosto do público.
Esse ano o prêmio foi apresentado por Luciano Huck no dia 17 de dezembro. Ele contou com as colaborações de Déa Lúcia Amaral, a Dona Déa, mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, que faleceu em 2021 e da apresentadora Lívia Andrade.
Dose categorias foram avaliadas. Eis os vencedores:
Ator de série: Eduardo Sterblitch
Jornalismo: César Tralli
Atriz de série: Adriana Esteves, por Os Outros
Ator coadjuvante: Nicolas Prattes, por Todas as Flores
Amaury Lorenzo, por sua atuação na novela Terra e Paixão
Humor: Paulo Vieira
Série: Os Outros
Atriz coadjuvante: Tatá Werneck
Música do ano: Era gostoso, de Simone Mendes
Ator de novela: Emílio Dantas
Atriz de novela: Letícia Colin
Novela: Vai na Fé
Em todas as produções analisadas há artistas negros. Eles explicaram sentirem-se bem representados no aspecto geral. Marcos Alexandre, jornalista, escritor e comentarista do programa Afrobrasnews Debate, analisa que os Melhores do Ano é uma homenagem essencial, mas deveria comtemplar mais profissionais negros. “Considerando a quantidade de expoentes negros na cena cultural brasileira ligados ou promovidos pela Rede Globo, era sim possível homenagear mais figuras”, disse ele.
Quem mais brilhou na cerimônia e viralizou nas redes sociais foi o ator e humorista Paulo Vieira que, aliás, foi a única pessoa negra a conquistar o respeitoso troféu Melhores do Ano. Ele lembrou dos momentos difíceis que passou no início de sua carreira, e ainda, reverenciou Paulo Gustavo, Fábio Porchat e Rafael Portugal, seus colegas. “Paulo Vieira é ótimo humorista e showman. Poucos artistas têm demonstrado tamanha versatilidade e lucidez em suas montagens atualmente”, pontuou Marcos Alexandre.
Vieira foi ovacionado pela plateia quando, ao final, falou com os olhos marejados sobre a sua ancestralidade. “Fui agora a Nigéria e me disseram lá que um homem só se torna um grande homem quando monta nos ombros dos seus ancestrais. Eu montei e eu quero dizer que eu vejo um caminho lindo para todos nós. Dito isso, sobre ancestralidade, eu quero agradecer a todas as pessoas que vieram antes de mim. Aqui eu estou falando de Lázaro Ramos, aqui estou falando de Luiz Miranda, aqui estou falando de Tony Tornado. Muito obrigado a todos vocês que fizeram antes, a todos os atores que construíram essa empresa”, finalizou o humorista.