O ano de 2023 foi marcado por imensas conquistas da população negra em diversas áreas. Em outras palavras, surgiram fatos para serem aplaudidos de pé. Gilberto Gil, um dos mestres da música e integrante da Academia Brasileira de Letras, teve sua obra reconhecida pela Universidade de Lisboa, em Portugal, que o tornou doutor honoris causa.
O mesmo aconteceu com outra figura da música: Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown, do grupo Racionais MC’s. Ele recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
Ainda em espaços de Cultura, em 2023 aumentou a quantidade de atores negros em novelas da Rede Globo, sobretudo, Vai na Fé. Isso garante emprego de alto nível a importantes artistas negros que, em outros momentos, não teriam tal oportunidade.
Ter atrizes e atores pretos na maior emissora televisiva todas as noites é fator de impulsionamento de visibilidade, o que ajuda as futuras gerações de profissionais da arte. No mesmo contexto, ter a história de gente como Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, transformada em filme é algo significativo. O Mussum caiu no gosto dos brasileiros por causa do programa Os Trapalhões, mas a sua competência superava muito esse personagem.
Quando o assunto é música, a vigésima quarta edição do Grammy Latino que aconteceu em Sevilha, na Espanha, foi um divisor de águas para o Brasil. Pela primeira vez Gaby Amarantos, uma artista negra, de Belém do Pará, ganhou o estimado gramofone dourado.
Para além do setor cultural, o Esporte rendeu ainda mais destaque ao país, em 2023. Rebeca Andrade, ginasta, e Rayssa Leal, skatista, tiveram atuações sublimes e foram campeoníssimas.