Search

Unicef lança campanha para combater o racismo na primeira infância

Combater o racismo na primeira infância é o novo desafio que o UNICEF abraça com o lançamento da estratégia Primeira Infância Antirracista, no Rio de Janeiro.

 

Combater o racismo na primeira infância é o novo desafio que o UNICEF abraça a partir desta terça-feira (23), com o lançamento da estratégia Primeira Infância Antirracista, no Rio de Janeiro.

A iniciativa, uma parceria com o Instituto Promundo, vai capacitar profissionais de educação, saúde e assistência social para o enfrentamento do racismo nessa fase, além de disponibilizar conteúdos online para as famílias.

Até junho o projeto vai estar também em São Paulo, Manaus, Salvador, Recife, Belém e Fortaleza. Já houve uma experiência piloto do Primeira Infância Antirracista em São Luís na semana passada

Maíra Souza, oficial de Primeira Infância do UNICEF, explica que há inúmeras evidências que mostram que é nessa fase da vida, mais precisamente entre os oito meses e 2 anos, que as crianças negras vivenciam o racismo pela primeira vez.

Os focos do programa são os territórios vulneráveis dessas capitais, que já são alvo de ações do programa Agenda Cidade UNICEF, parceria com prefeituras para prevenção à violência, promoção de direitos e oportunidades para crianças e adolescentes.

No Rio de Janeiro, o Primeira Infância Antirracista acontece na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, no bairro da Pavuna, na zona norte, e vai contar com a participação de 250 profissionais das áreas da Educação, Saúde, Assistência Social, além de lideranças sociais e adolescentes.

Além de palestras e oficinas com os profissionais, serão disponibilizados cadernos para cada área com orientações para uma pratica e abordagem antirracista.

Segundo Maíra Souza, o material traz tanto questões subjetivas quanto objetivas sobre o tema.

Dados de um estudo da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, com apoio do UNICEF, mostram que, em 2019, mais de 330 mil crianças entre quatro e cinco anos estavam fora da escola e a probabilidade de crianças pretas, pardas e indígenas estarem nesse grupo era 25% maior do que crianças brancas.

Em relação às crianças indígenas, a taxa de mortalidade infantil, até 1 ano, é o dobro da taxa de mortalidade infantil média.

O Primeira Infância Antirracista também vai contar com uma websérie com sete vídeos sobre parentalidade antirracista com influenciadores e especialistas.

Os conteúdos do programa está disponível no site do UNICEF e pode ser baixado gratuitamente.

Edição: Jacson Segundo / Alessandra Esteves

Compartilhe!

Conteúdo relacionado

A mão do racismo

Marca de produtos de limpeza Ypê é duramente acusada de racismo nas redes sociais por causa de escultura utilizada em Salvador

Inteligência Artificial nas favelas

Conheça o influenciador digital criado por IA que conversa com o público periférico

Homenagens em São Paulo: Estátuas para Personalidades Negras!

Nomes icônicos como Lélia Gonzalez, Elza Soares e Milton Santos foram selecionados por meio de uma consulta à população para serem homenageados com estátuas permanentes na cidade.

Laços fortalecidos

A Universidade Zumbi dos Palmares está em Angola. Isto é ótima notícia: impressionantes parcerias no universo da Educação estão por vir.

Encontro de gênios

Aconteceu em Belo Horizonte: Milton Nascimento e Paul McCartney se encontraram. Um dos maiores símbolos da música brasileira, que tem reconhecimento internacional, esteve nos shows de um de seus ídolos. Os dois teceram admiração mútua e o público ovacionou

Trabalho de formiguinha

A representação quilombola elevou a sua agenda. Ela está na COP 28. Agora, a questão de titulação de seus territórios e proteção do meio ambiente estão ligadas internacionalmente

Deixe o seu comentário!

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Saiba mais

Navegação

Contato